quinta-feira, 3 de julho de 2014

Fast Shop e Insinuante são processadas por venda irregular de seguros.



A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJ), por meio do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), instaurou processos administrativos contra as redes de varejo Fast Shop e Lojas Insinuante por suspeita de venda irregular de seguros.

Uma investigação encontrou indícios de que ao vender produtos e eletrodomésticos, as duas empresas incluíam automaticamente seguros de garantia estendida, sem informar ou pedir autorização ao consumidor. Essa prática é considerada abusiva.

Os processos foram abertos com base em denúncias registradas por órgãos de defesa do consumidor. 
Amaury Oliva, diretor do DPDC, diz que “o fornecedor tem obrigação de informar, esclarecer e orientar o consumidor sobre todos os produtos e serviços ofertados. Em relação ao seguro garantia estendida, o consumidor deve ficar atento. Trata-se de um serviço adicional que não substituiu a garantia prevista no Código de Defesa do Consumidor. Essa garantia é direito do consumidor e dever do fornecedor”.
As empresas terão dez dias para apresentar defesa. Se condenadas, podem ser multadas em valores que chegam a R$ 7 milhões.
Procuradas pelo UOL, Fast Shop e Lojas Insinuante informaram que ainda não foram notificadas. A Fast Shop disse também que só vai se manifestar formalmente nos autos do processo.

Link - http://boainformacao.com.br/2014/07/fast-shop-e-insinuante-sao-processadas-por-venda-irregular-de-seguros/

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Istoé Dinheiro - As novas regras da garantia estendida
Com a regulamentação da lei, o consumidor terá maior prazo para voltar atrás na contratação de seguros
Luisa Purchio (luisapurchio@istoe.com.br)
Entraram em vigor as regras de venda de seguros e da garantia estendida aprovadas em 2013 pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). As resoluções 296 e 297/2013 garantem uma série de direitos a quem adquirir uma cobertura de riscos, principalmente no que diz respeito à transparência da comercialização. A falta de clareza dava espaço, por exemplo, para a aquisição de produtos disfarçados de garantia estendida, configurados como venda casada – prática proibida por lei. “É um divisor de águas para o mercado, uma vez que o consumidor vai estar ciente do que está comprando”, afirma Rosana Dias, coordenadora de seguros de bens e estudos tarifários da Susep, o órgão governamental que fiscaliza o setor. A nova regulamentação também permite que o consumidor desista da compra do seguro em até sete dias após sua contratação. Além disso, é possível adquiri-lo posteriormente à aquisição do bem ou serviço, o que possibilita a escolha da seguradora que melhor convier ao usuário. “Muitas vezes o consumidor escolhia o seguro oferecido pela loja por impulso, sem poder analisá-lo”, afirma Renata Reis, supervisora de assuntos financeiros e habitação do Procon-SP. Confira as novas regras e como analisar a cobertura que melhor se adapta a cada tipo de necessidade.
Matéria na Integra

http://www.istoe.com.br/reportagens/370165_AS+NOVAS+REGRAS+DA+GARANTIA+ESTENDIDA

Razão ou Emoção - Reflexões econômicas em tempos de copa do mundo

 
Razão ou Emoção – Reflexões econômicas em tempos de copa do mundo
Dado o enfraquecimento da atividade econômica através da queda da confiança do consumidor entendemos que os dados revelados ao longo de junho não só reforçaram este contexto como também trouxeram preocupações adicionais.
As estatísticas de vendas no varejo e produção industrial seguem ratificando o processo deesaceleração . A julgar pelo calendário de junho repleto de feriados,meia jornada e festividades devido a Copa do Mundo, fica praticamente impossível acreditar que o mês que acaba de se encerrar tenha sido positivo para alguma retomada, pelo contrário!
Neste contexto, as últimas divulgações econômicas começam a revelar uma realidade mais desafiadora.
A lista começou com o anúncio, pelo Banco Central, de que o rombo nas contas externas de US$ 6,3 bilhões( transações correntes ) havia sido o pior para maio desde 1947. No mesmo dia, o Ministério do Trabalho revelou que o total de vagas formais criadas no mês de maio (58,8 mil) era o menor já registrado no período em 22 anos. Por último, mas não menos importante, foi a vez de o Tesouro Nacional assumir que as contas públicas computaram, às vésperas do Mundial, um déficit de R$ 10,5 bilhões ( superávit primário ), número sem precedentes para maio desde que o governo assumiu um compromisso com o ajuste fiscal, em 1997.
Nada bom.
Este resultado não só reforça a dificuldade de se equilibrar as contas públicas em um ambiente de descompasso entre as dinâmicas de receita e despesa como expõe a fragilidade de se utilizar a política fiscal de maneira cíclica em um contexto de fraco crescimento.
Por fim, tamanha decepção com o resultado fiscal do mês de maio acaba por trazer de volta o receio com velhos fantasmas que contribuíram, e muito, para arranhar nossa credibilidade. Cresce a probabilidade de não atingirmos a (baixa) meta de 1,9% de superávit primário com relação ao PIB para este ano, pois o terreno fica mais fértil para o uso de contabilidades criativas para postergar o reconhecimento do desequilíbrio das nossas contas públicas.
Contabilidade criativa esta que ninguém mais reconhece como verdade. O mercado já entende que o superávit primário é inferior ao publicado pelo governo.
O objetivo aqui não é ser alarmista, mas reconhecer que estamos atravessando uma divergência entre sentimento e fundamento, e que essa divergência tem aumentado.
Fechamos o primeiro semestre do ano com uma forte performance dos ativos financeiros, movimento que teve início em meados de março, em que o principal catalisador foi a revelação das pesquisas eleitorais, mostrando que a presidente Dilma não estava tão firme assim para a sua reeleição e obrigou o mercado a precificar uma possível alternância de poder.
É importante entender o papel do sentimento e como ele tem sido decisivo para atribuir todo este destaque positivo no desempenho do Mercado financeiro. O sentimento nos mercados melhorou muito e permanece bem suportado baseado totalmente na hipótese de alternância de poder no fim do ano.
No curto prazo, mantemos nossa visão de que a divergência entre a piora do fundamento e a manutenção de um sentimento ainda elevado deverá se sustentar
Fundamento ou sentimento?
Neste cenário nem sei se torço para o Brasil ganhar a copa….
Fonte de Dados:Valor Econômico e XP Investimentos

terça-feira, 1 de julho de 2014

Desde o início o ano, uma série de anúncios sobre o fechamento de lojas no varejo americano têm marcado 2014 como um dos anos mais difíceis da história americana.

Redes como Sbarro, Quiznos e Family Dollar anunciaram concordata e fecharam quase todas suas lojas e redes tradicionais como Sears, JC Penney, Macy´s, Radio Shack, Blackberry, Barnes & Noble, Best Buy, Toys "R" Us e Staples anunciaram redução de suas operações.

Mas é no varejo de moda e vestuário que as piores notícias foram anunciadas. Uma profusão de redes tem fechado suas lojas, de forma sem precedentes na história do varejo americano.

A Abercrombie & Fitch Co. anunciou o fechamento de 70 lojas da sua grife de moda surf Hollister e de todas as lojas de roupas íntimas Gilly Hicks até o final do ano. Outra rede americana de vestuário feminino a Coldwater Creek anunciou o fechamento de todas as suas 365 lojas, demitindo 6.000 funcionários.

Outra rede famosa entre os adolescentes brasileiros a Aeropostale anunciou o encerramento de outras 125 lojas. A grife moderninha Juicy Couture foi radical e está fechando todas as suas 70 lojas nos Estados Unidos. Por fim a rede de moda feminina de descontos Dots encerrou as operações de todas as suas 360 lojas.

Numa economia dinâmica como a americana, onde a concorrência é avassaladora agravada por um ambiente econômico que ainda está se recuperando de forma lenta depois de uma grave crise.

As empresas enfraquecidas, também não conseguem mais absorver os crescentes custos imobiliários e de pessoal que ocupam cada vez mais a planilha de custos dos varejistas.

Há vários fatores que estão por trás dessas tendências:

A ascensão do e-commerce. Em 2013, as vendas on-line cresceram 16%, enquanto as vendas de vestuário do varejo físico cresceram apenas 0,8%. Para a maioria das redes, as vendas on-line já representam cerca de 25% do seu total.

Deflação dos preços. Num universo pressionado por preços cada vez mais baixos, alavancado por uma rede de fornecedores globais, geralmente localizados em países pobres da Ásia, favorecem os preços mais baixos. Bom para o cliente, ruim para o varejista que deve vender mais e mais, apenas para ficar no mesmo.

Novos modelos de negócios. Varejistas de fast fashion (H&M, Forever 21, Zara) estão mudando a equação, concentrando na moda de alto giro, constantemente trazendo produtos novos e atualizados nas lojas físicas e online.

Os varejistas que não se adequam a este novo modelo de negócios estão com dificuldades para manterem-se.

Não obstante, aqui no Brasil o cenário não é muito diferente. Além de todas estas situações apontadas no varejo americano, aqui os lojistas ainda temos de lidar com inflação alta, taxa de juros, carga tributária, encargos trabalhistas, problemas logísticos, entre outros.

Claro, temos realidades distintas, mas vale como alerta aos varejistas brasileiros para ficarem de olhos bem abertos com o que está ocorrendo lá fora, pois é uma questão de tempo que as dificuldades de lá comecem também a fazer parte da realidade de cá.

Marcos Hirai (marcos.hirai@bgeh.com.br), sócio-diretor da BG&H Retail Real Estate